O delegado Erik Busetti, de 45 anos, ficou em silêncio durante o interrogatório na madrugada desta quinta-feira (5), na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Curitiba. Ele só vai se manifestar diante da Justiça. Busetti foi preso em flagrante por volta das 23h30 desta quarta-feira (4), após assumir no local que matou a tiros a esposa e a enteada na casa da família, no bairro Atuba. Mãe e filha foram encontradas abraçadas ao lado do sofá.
De acordo com a delegada Camila Cecconello, vizinhos informaram que Busetti e a esposa, a escrivã da Polícia Civil Maritza Guimarães de Souza, de 41 anos, discutiram durante a tarde. os dois estavam em processo de divórcio. “Eles discutiram à tarde, o delegado Erik foi embora e voltou à noite. Não sabemos se as duas estavam na sala no momento em que ele chegou. As duas estavam abraçadas. A mãe sobre a filha, talvez tentando protegê-la, mas só a perícia vai apontar se houve ou não chance de defesa e se elas foram surpreendidas ou não”, afirmou a delegada.
Quando os socorristas chegaram, Maritza e a filha Ana Carolina Souza já estavam mortas. O marido deu pelo menos quatro tiros contra as duas. “Depois dos disparos, ele foi ao quarto e pegou a filha dele de 9 anos e a levou até uma vizinha. A menina estava dormindo e acordou com o barulho dos tiros. Ele pediu para a vizinha chamar a polícia e sentou na calcada a espera da PM, com a arma ao lado”, disse a delegada.
Segundo a polícia, Maritza não estava perto da arma que tinha em casa na hora do ataque. A delegada afirmou que o inquérito deve se encerrar em até 10 dias”.
Além do inquérito criminal Erik Busetti vai responder um processo administrativo-disciplinar junto a Corregedoria da Polícia Civil e pode ser expulso da corporação.
“Temos que agir de forma serena e tranquila, mas com o máximo rigor. Estes crimes sensibilizaram todos na Polícia Civil, mas a resposta terá todas as respostas pois são crimes muito graves”, afirmou o corregedor, Marcelo Oliveira.
Segundo a Corregedoria, tanto o delegado quanto a escrivã tinham comportamento correto no trabalho. “O delegado Erick havia respondido um processo por supostas irregularidades na delegacia de Foz do Iguaçu em 2009, mas em 2014 o processo foi arquivado. Maritza não respondia a nenhum processo disciplinar”, afirmou.
Postado por: Adelino
Policial
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