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O delegado que preside o inquérito policial que investiga o caso da bancária de Realeza, Vanda Salete Crestani Cantelli, 50 anos, desaparecida desde o dia (09/10) e o veículo Honda/Civic da família encontrado queimado com um corpo carbonizado no dia (10/10) próximo a PR-182 no município de Ampére, trouxe novas informações sobre as investigações.

Em entrevista as rádios Ampére AM e Interativa FM na tarde desta terça-feira (17), o delegado Fernando Zamoner atualizou as informações.

Segundo o delegado, o caso é bastante complexo, dado ao seu contexto e a investigação está em andamento. A polícia vai usar todo o prazo possível de investigação que é de 30 dias, e se ao final os fatos não estiverem elucidados será solicitado mais tempo ao poder judiciário para dar continuidade as investigações.

O Grupo Tigre, que investigava um possível sequestro da vítima, já retornou a capital do estado e estará dando apoio no que for necessário.

Segundo o delegado, no dia seguinte ao desaparecimento, a central do banco em São Paulo recebeu o comunicado de um desaparecimento de certo valor em dinheiro, e já emitiram alerta ao Grupo Tigre, que é a forma padrão de atuação do banco, informando do desaparecimento da gerente e do dinheiro.

O delegado informou que já foram ouvidas várias pessoas, formalmente e informalmente, buscando imagens de diversas câmeras de segurança.

A Criminalística realizou todos os procedimentos necessários e apreensão de documentos da vítima que estavam no local. A necropsia com coleta de material para o exame de DNA irá confirmar a identificação do corpo encontrado no carro. O exame será feito em Curitiba, porém a necropsia no IML de Francisco Beltrão já confirmou que se trata do corpo de uma mulher, e ao lado do corpo foi encontrado um brinco, um calçado que seria de Vanda entre outros indicativos de que seria ela.

Quanto ao bilhete encontrado na casa da vítima numa gaveta no quarto dela, o delegado disse que se trata de uma mensagem de extorsão que diz “Acabou o prazo....seus pais tem bastante dinheiro...eles valem 200 milhões...Se você não arrumar o valor pedido eles serão queimados vivos...”

O bilhete de extorsão também foi encaminhado para a central de perícia em Curitiba.

O delegado Fernando Zamoner informou ainda que foram verificadas uma série de imagens. No dia do desparecimento ela passou pelo trevo de Ampére sentido a Francisco Beltrão, por volta de 16h45, porém já está descartada a possibilidade de que ela tenha ido direto para o local onde o corpo foi encontrado, mas não foram encontradas ainda outras imagens de onde o carro teria ido nesse intervalo de tempo.

As circunstâncias de como ela tirou o dinheiro do banco também estão sendo analisadas criteriosamente, pois dado o volume de dinheiro não se pode retirar de uma única vez, ela fez isso de modo parcelado, em tese num prazo de 90 dias, quando apenas ela fazia a conferência de cofre, e por duas vezes não conseguiu fazer a transferência devido a programação do cofre. 

Os saques feitos na conta da família, dos pais dela, foram feitos num período de um ano, de forma parcelada, além de um financiamento de R$ 160 mil reais, que a família desconhece para onde foi o dinheiro. O valor total de saques foi de aproximadamente R$ 1 milhão e meio de reais. A polícia está investigando qual foi o destino desse dinheiro.

As investigações continuam, mas a polícia acredita que o corpo encontrado no carro seja realmente de Vanda, e que o caso está ligado a extorsão.




Fonte: PP News - Francisco Beltrão
Fotos: Arquivo RADIO VOZ



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Postado por: Adelino

Policial

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