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O publicitário Ricardo Jardim, de 59 anos, acusado de matar e concretar em um armário a própria mãe, Vilma Jardim, de 74 anos, foi condenado nesta segunda-feira, 19, a 28 anos de prisão em regime fechado.

A sentença judicial foi expedida por volta das 20h de segunda-feira pela juíza Karen Luise Vilanova Batista de Souza Pinheiro. A sessão ocorreu na 1ª Vara do Júri do Foro Central de Porto Alegre (RS). Ricardo Jardim foi condenado pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e meio cruel, além de ocultação de cadáver e posse de arma no interior da residência.

No dia 29 de maio de 2015, o publicitário Ricardo Jardim foi preso com uma arma e um passaporte em Porto Alegre. Na época, Jardim era suspeito de ter assassinado a própria mãe e concretado o corpo dentro de um armário no apartamento onde morava na capital gaúcha. A polícia acredita que Ricardo pretendia fugir para o exterior. O crime teria ocorrido algumas semanas antes de sua prisão.

Julgamento

O julgamento teve início às 10h da manhã e contou com o depoimento da médica legista Liliane Borges. Ela detalhou ao júri as 13 perfurações que a vítima teve nas áreas do pescoço e da cabeça. “Pelo estado do corpo, ela havia sido morta há, no mínimo, 15 dias”, disse a médica. Ainda pela manhã, os irmãos da vítima prestaram depoimento aos jurados. Na época do crime, o publicitário chegou a confessar o crime à polícia, mas em depoimento à Justiça, negou o crime perante o júri.

Segundo a denúncia do Ministério Público, questões econômicas teriam motivado o crime, como um seguro de R$ 400 mil em nome da idosa. Ao condenado, ainda cabe recurso da decisão judicial.

A acusação ficou com a promotora de Justiça Luciane Wingert e a defesa ficou a cargo do advogado Renato Andrade Ferreira. “A motivação, dentre outras, foi o uso de patrimônio e valores que a mãe deixou em razão da morte do marido, pai do réu. As provas são incontáveis”, afirmou. “O relacionamento dele com os demais familiares nunca foi bom”, observou. A defesa não deu entrevistas.

O publicitário estava recolhido ao sistema carcerário desde que foi preso, em 29 de maio de 2015. Na ocasião foi flagrado com um revólver calibre 32. A mãe dele estava desaparecida desde o mês de abril. O filho foi considerado envolvido no desaparecimento desde o início.

A desconfiança dos agentes aumentou após vizinhos relatarem que o comportamento do publicitário havia mudado pois, apesar de não trabalhar, começou a adquirir bens. O pai do réu morreu em dezembro de 2014 e deixou uma herança de R$ 400 mil em apólices de seguro.

Após o assassinato da mãe, Jardim deixou o corpo de Vilma embaixo da cama por uma semana. Mandou fazer um armário e colocou o corpo, enrolado em cobertor, lona plástica, concretando-o em seguida dentro do móvel.

O réu negou a autoria do crime. Ele disse que a mãe parecia fora de si após uma discussão entre ambos, em que ele a acusou de ter envenenado o pai. Ela, segundo Jardim, foi até a cozinha, pegou um faca e retornou à sala. Neste momento, e teria desferido golpes contra o pescoço e cabeça. Em seguida, teria caído para trás. Ele afirmou que não contou a ninguém, pois as pessoas não acreditariam.




Fonte: correio do povo
Fotos: correio do povo



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Postado por: Adelino

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